Oi , Meu nome é Online...
Vou contar um pouco da minha história de vida pra vocês...
Eu era uma criança normal, jogava bola, soltava pipa, esconde-esconde, pega-pega, policia e ladrão...era uma criança feliz.
A idade veio e junto com ela a malícia...
Por volta da pré-adolescência amigos meus me influenciaram a usar uma coisa chamada “Orkut”...
Porra parceiro... o bagulho era doido, era o dia todo naquilo de scrap pra lá , scrap pra cá, depoimento e fotos atualizadas...
O bagulho era tão sério que você tinha que ser convidado pra entrar no esquema.
Quando queria algo mais sigiloso, você até mandava um depoimento.
Pessoas te visitavam a toda hora e tinha até umas frases de reflexões e a opção que permitia pessoas tivesse acesso a seus conteúdos ou não.
Por anos vivi nessa com diversos “amigos”.
Mas como todo viciado, o necessário nunca era o bastante, então apareceu uma nova droga chamada FACEBOOK.
Lembro como se fosse ontem parceiro... Pura decadência da minha vida e de muitos outros que ficaram cogitados a usarem esse tipo de droga e ter essa conduta de vida.
Muitos usuários da antiga droga passaram a utilizar a nova, foi febre no mundo inteiro.
No inicio era tudo muito bom, só festa, novidade, entretenimento, puro lazer.
A galera curtia, uns compartilhavam, mas sempre alguém comentava. O feed de noticias não parava, era um em cima do outro, se passando por filósofos e intelectuais, esse era o principal sintoma da droga, “falsa personalidade”.
Porra parceiro, a situação foi ficando fora de si, já não tinha mais o controle da situação, era 24 horas no ar, não saia, não comia direito, minha mãe ficava preocupada com o tempo que eu ficava trancado no quarto. Minhas notas caíram e meu rendimento profissional acontecia o mesmo. Lia coisas de pessoas hipócritas e falso-moralistas de um sistema condicionado ao fracasso. Pessoas sem o mínimo de respeito me cutucavam pra chamar a atenção, pura palhaçada.
Quando a Internet caia ou a velox entrava em manutenção, era o caos, não podia falar com ninguém, logo xingava, era muito agressivo, meus nervos palpitavam, era sangue no olho, gastava toda minha mesada na lan house.
Os anos se passaram e assim foi e está sendo, poucas pessoas conseguem sair... mas para ser sincero eu não conheço nenhuma.
Diário de um viciado.
( Lucas Kanis )